terça-feira, 25 de agosto de 2009

Com os braços cruzados.


Como todo bom vício, cá eu estou. Por muito tempo fui perdendo certas manias, fui deixando de fazer certas coisas e fui deixando certas coisas me fazerem. E assim fui esquecendo coisas essenciais, coisas importantes para minha essência. Em algumas, já me esqueci de seus imos, outras apenas perdi a prática. Tenho pensado muito em coisas que divagam as idéias, mas pouco tenho compreendido os conceitos. Freqüento por muitos dias e por longas horas as bibliotecas, porém, pouco leio. Gosto do cheiro, ás vezes fico apenas olhando os livros empilhados, é como se absorvesse o conteúdo só olhando-os. Não preciso guardá-lo em mim, e em muitas seções, preciso apenas folhear as páginas. Não sei exato o que faço para o tempo que passa, e para passar o tempo. São dois momentos díspares! E às vezes não sei em qual deles estou, ou passo! Alguns vícios me decorrem intensos, outros, me cansam!

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Minha Sombra...

Se eu sentisse medo de algo, seria de minha própria sombra.
Não que ela me assombra, mas sim pelo que ela teria coragem de fazer e eu não.
Deveria ser uma noite sem sombras, sem sombras de medos, sem sombras de duvidas...
Mas certa noite ouvir alguém chorar por ela, por quanto ela tão imaginária e surreal fez magoar um coração... E hoje temo essa sombra.
Ela nunca obedeceu meus atos, e essa não seria a primeira vez que tomaria alguma decisão sozinha.
Apenas em noites escuras, que se faz aparecer entre becos escuros... Entre chãos úmidos que me faz crescer contra luz, contra o caminho... Contra a vontade!
Em alguns instantes, deixo a guiar... Quando não sei o caminho, ela sempre parecer está sensata. Carregando-me pra lugares que nunca faz sombra, lugares que me permitem se perder pra descobrir...
“Minha essência é inconsciente de si mesmo, por isso, cegamente me obedeço.!”

sábado, 15 de agosto de 2009

Minha crença



Acredito nas coisas que crio.
Não que minha veracidade seja menos real, ou mais ilusória... Tenho em mim, que as minhas crenças sejam mais apropriadas que as mentiras que por aí tentam me iludir.

Acredito em minha religião, um meu Deus que não me julga pelo que acredito ser real. Sua Onipotência me faz pode ser Ele e aquilo que também quero poder ser! Meus pensamentos são onipresentes, pois são neles que Ele está. E Oniscientes, porque são neles que devo acreditar, e são neles que minhas concepções se fazem verdades! Acredito em minhas crenças, como elas acreditam serem reais! Minha crença não tem um Deus, e nem uma Deusa, apenas aquilo que acredito ser, sentir e sem gênero, sem teorias... Apenas o credo, que eu não nunca terei medo de crer!

Com as verdades que acredito, não julgo, porém as verdades alheias! Os mundos serão como sonharmos, as verdades serão as que nos convêm acreditarmos e as mentiras... “são verdades inventadas!”

Acredite em tudo aquilo que os nossos olhos nunca serão capazes de ver e talvez acreditar!

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Confiamos em nós, para confiarmos nos outros.



Hoje, sei que nada foi em vão! “Certezas e esperanças pra trocar, por dores e tristezas que bem sei, um dia ainda vão findar...”

Sei que todas aquelas palavras que um dia me disseram, que magoaram e fizeram de um coração sobrevivente perder todas as esperanças que nele restavam, ainda serão substituídas por um perdão. Hoje, talvez por tudo que esteja acontecendo comigo, eu possa pensar em perdão. Eu possa pensar naquelas palavras agressivas e de falsas verdades, como um grande aprendizado. Já não me importa se todas aquelas pessoas que me fizeram sofrer, hoje saibam que nada adiantou e que a verdade e o bem sempre vencem no final. E que batalhar contra verdade não vale apena. O que mais desejo a todas aquelas pessoas, é que elas também tenham aprendido alguma lição. Pois eu aprendi a minha, compreendi que as pessoas erram, erram por tentarem se defender, de ganhar, de sobreviver a um mundo tão cruel que nós mesmos criamos. Aprendi que a gente ganha amigos de verdade, quando alguém tenta tirá-los! E no final, o bem sempre ganha e eu saí vitoriosa! Porque apensar de tudo eu passei, ganhei amigos de verdade, ganhei respeito por tudo que passei injustamente e ganhei o fundamental, a concepção do que é certo e errado.


“Quem semeia vento, colhe sempre tempestade.”

De tudo que passei nada foi pior do que perder algo essencial, algo que deveríamos ter por todas as pessoas. A Confiança. Incrível como uma palavra tão simples de ser dita, hoje, é tão difícil de ser realizada. Um sentimento que deveria ser tão puro e ingênuo se perde o valor entre tantas coisas fúteis... Porque ser o primeiro, se podemos apenas fazer parte?!

Está seria a pergunta que faria a todos.

A confiança se perdeu, porque deixamos de confiarmos e nós mesmos. E com tudo isso que passei, com a ajuda de amigos, com a ajuda do destino, e com a ajuda da minha pouquíssima vontade de sobreviver, percebi que não conseguimos mais confiar em nós mesmos porque sabemos que somos falhos. E despertar pra isso é um grande passo, que para alguns se permitiria admitir que tivesse errado e pra outros, como no meu caso, permitiria perdoar.
Muitos tentam entender o amor, por mais que ele seja incompreendido. “O amor, é fogo que arde sem se ver é ferida que dói e não se senti”. Amor é fundamental, mas como amaremos se não confiarmos? E para confiarmos em outros, precisamos confiar em nós mesmos! Como saberemos que amamos e que confiamos se não souber perdoar? Precisamos confiar principalmente em nossa capacidade de perdoar, de saber quem somos, e no que acreditamos que seja essencial.
E pra mim, tudo que passei foi por apenas algo que deixamos de acreditar. Muitos perderam a confiança em si mesmo, não sabendo assim confiar em outros. E isso virou uma bola de neve grande e cheia de frieza, solidão e insegurança. E eu fui apenas uma mira exata, que eles não conseguiram acertar!

Seriam apenas cinco palavras-chaves: confiança, amizade, amor, saúde e verdades!


...e porque não dizer o quanto eu mereço tudo isso?

sábado, 1 de agosto de 2009

O sorriso do Palhaço.

O espetáculo foi perfeito.


Na hora, todo e qualquer texto foi esquecido, a espontaneidade tomou lugar para qualquer encenação. A interpretação era tão verdadeira e ingênua que se percebia a improvisação em alguns momentos, e isso eram tão feito de sentimentos puros, de olhares sinceros e de cirandas coloridas que a platéia se apaixonou pelo palhaço.


Ainda sinto o cheiro da pipoca, toda aquela aquarela no palco. Havia um circo montado, as meninas com algodões doces, e o palhaço com um sorriso verdadeiro. E foi estranho encontrar toda aquela emoção em um lugar onde as coisas costumam está ensaiadas.


As luzes do palco movimentavam a energia que os personagens não conseguiam disfarçar. Haviam crianças, haviam senhores, haviam namorados e havia também um palhaço e uma menina. Ela sempre tivera medo de palhaços... Porém a cena era tão perfeita, que ela deixou se perder naquela magia. A sonoridade tão cuidadosa que a cirandeira não deixou em nenhum minuto a ciranda se desfazer, e foi ali que a menina segurou na mão do palhaço.


Era aquilo que a menina precisa sentir. Paz, alegria, sinceridade e confiança no palhaço.


A ciranda já tomada de toda alegria e cores dos personagens, o fim estava chegando... Todo e qualquer sentimento ali vivido já valia o espetáculo. Mas antes do fim, o texto já finalizado, as cortinas se fechando a menina percebeu que o sorriso do palhaço era tão real quanto tudo aquilo que ela vivenciou.

...o espetáculo onde a magia vira algo real e sincero!