quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Ano Novo... e uma bagagem grande!

Eu não quero uma vida nova no ano que vem! Já basta colecionar os selos e as cicatrizes que conquistei esse ano. Começar de novo daria muito trabalho. E não sei se agüentaria dois porres como aquele, nem namorados como os que tive esse ano. Com mais uma gastrite eu ganharia uma úcera. Não, deixa como está, começar de novo seria admitir o fim. Nunca se quer terminei de lê a bíblia, e talvez eu ainda esteja herege demais para assumir um fim! Ano novo e um bagagem grande, eu diria!!

Isso é um barato!

Para variar um pouco, vou falar sobre qualquer coisa que não nos remeta lembrar o fim de ano. Que faça não dá tanta importância ao estrelismo do bom champanhe, mas ao estralar dos dedos da pinga e da tossida depois de um trago. São das desonras que se vitoria a vida! De fotos com cores desfocadas em um álbum fotográfico. A vida é feita de cores! Do batom borrado por um beijo, do vestido machado de brigadeiro numa noite com as amigas, de um tombo bem dado que nos fez quebrar o salto e só assim andar sobre a grama molhada. A vida desonrada é um barato!

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Cinco gramas de açúcar e uma xícara de força peso.

Eu voltei para casa acompanhada de uma inquietação gastronômica. Dizem que Freud explica tudo, dizem que a teoria de cordas explica tudo, dizem que a psicologia explica tudo. Foi então que... Detesto dar explicações com bases teóricas, mas em resumo, pessoas são bonitas pela lei da evidência; ser interessante ou não é um estágio ascendente, requer o que digamos um menu mais refinado, gastronomia mais apurada... Ou apenas uma café expresso com canela, mesmo!

Outono e primavera sem uma tempestade de verão!

É como um poema inacabado quando catastróficamente sento e não há amor para escrever. Orgulho-me de ter tanto tempo para escrever sobre mim, essa peça dramática que deixa cair pétalas e folhas quando nem outono ainda é, quando nem primavera chegou a ser. Mas descrever-me é prever o tempo; presumir tempestades quando não chego a ser nem uma fraca neblina!

sábado, 25 de dezembro de 2010

Réveillon


Então neste réveillon vou fazer tudo o contrário. Usarei um preto básico sem medo e não terá sete ondinhas; e vá para qualquer lugar com sua romã e com seus pedidos e promessas. Eu ando envelhecendo e ainda me pedem fantasias; como se fosse fácil viver sã em circo sem lona, com palhaços do amor. Eu vou brindar com vinho seco e não vou pedir um marido. Quero ter a certeza que se as coisas acontecerem errado, é que não foi má sorte de réveillon, mas a ressaca moral do Patuá!

M.


Eu sei bem como você se sente, mas faça como eu te falei; não adianta você se orgulhar das muitas vontades contidas, se orgulhe da coragem de um erro; da boa intenção quando amou a mulher errada. Ela vai gostar de saber disso quando você não voltar mais. Hoje alguém falou que os gritos são harmonias de um sentimento blues. Então não é de Bossa Nova que vive nossa história. – Não seja presunçoso assim – Eu sei bem como você se sente quando senta e lê o que eu ainda nem se quer escrevi, e ainda assim, assino com M. É como dizem, eu tenho essa folia de quarta-feira de cinzas e esse choro de carnaval.

O diálogo que não tivemos.


É que faz muito tempo que não escrevo para ti, sobre ti. Mas foi você quem pediu para ocupar-me com as coisas passageiras, para eu amar novamente e para eu esquecer como faz uma fogueira. Então fui à cidade, aluguei um móvel, fiz um filho e domei aquele fogão que você deixou de herança para mim. Então foi quando eu voltei a ouvir Janis Joplin, quando tomei um vinho com Frida e quando aprendi que desengano é poesia para quem já foi deixado.

- Obrigado.

- Disponha, não é ruim está só; o ruim é ser só!

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Arte é sobrenome, é constituição genética!


Eu não estou te pedindo atenção - eu não saberia ser assim - tua obra prima. Entendo pouco de Monet, eu sei mesmo é sobre o Fred, do Chico que toca violas em praças; eu ouço antes de dormir as fazendeiras com suas rendas. Essa beleza de vida que me deixa admiravelmente Viva! Arte é sobre tudo costurar as cortinas, é apagar as luzes do cinema... Esculpir dor e ser pago com alegria!

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Minha casa nova, meus medos antigos.

Quando eu voltar, eu vou me agarrar as minhas novas paredes como se elas não evidenciassem as fronteiras, como se as minhas janelas fossem enormes ou coubesse todas as estrelas e a lua ali. Depois sei que irei sentir-me aprisionada, quando a noite cair vou querer sair e andar pela ladeira; vou me sentir só, mas espero que você me ajude a entender que isso é a minha liberdade, e que já estou pronta para isso!

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

A previsão do tempo diz, já não somos tão assim...

Já percebeu como tudo anda escasso, sereno? Como os poemas vêm sem sufoco, como se já não houvesse mais alguém para amar... Eu vou guardar um eclipse para você contrapondo o que a previsão dizia; já não somos assim tão para sempre e nem tão amigos! Você escondeu a verdade de mim, como a lua que em breve se esconderá, e eu aqui; guardo um eclipse para você. Já percebeu como estamos mais distantes, como faço planos para te esquecer e por fim, poemas chegam sem mais ninguém para amar?

domingo, 19 de dezembro de 2010

Ressonância magnética

Não estranhe se eu parar de beber e ascender um cigarro. Se eu voltar e roer as unhas e pintá-las de rosa Pink. Vou deixar meu cabelo crescer e vou esquecer-me de onde vim. Eu vou...

No Interior

No interior, poucas coisas ocupam o tempo. Lê um poema no quintal com as galinhas e achar então as melhores companhias... Tentando compassar no ritmo, penso em tatuar nas costas uma flor de mandacaru para esquecer todo aquele ‘roseiral’ da Elis. Calma, é uma tatuagem provisória! Preciso desligar a bossa de mim. Mas aqui no interior, poucas coisas parecem ainda vivas, floresce antes de chover e os espinhos estão por lá o dia inteiro! É preciso ser esperto no interior. Vou ligar para os “24 horas” da farmácia e pedi uma Pinga com acerola!

"Mesmo que eu mande em garrafas mensagens por todo o mar
meu coração tropical partirá esse gelo e irá." (Corsário - João Bosco)

Mãe

Ela ainda não sabe que eu prefiro beber em copo de extrato de tomate e ouvir as musicas do meu laptop. Que são os meus 24 anos que andam me tirando mais o sono, do que o casamento do meu ex. Que pouco importa as contas bancárias e os jornais de última hora, “Eu vou andando como sou e vou sendo como posso...” Que eu gosto da tropicália, mas é o “Baba Baby” que me faz ser a variação genética precisa para eu seguir em frente! Ela não faz idéia do que é um desenvolvimento sustentável e eu não faço idéia do que é ser uma mãe.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Guardei os dicionários com todas aquelas palavras difíceis de serem ditas.


Depois de guardar todas as lembranças em suas gavetas, sobra espaço. Guardei os dicionários com todas aquelas palavras difíceis de serem ditas, réguas que mediram o tombo e sobra espaço. Compro verduras pro almoço e quando sento à mesa, sobra espaço. O tempo parece esfriar e ao sair levo agasalho e estrelas que sei que vou sentir falta. Ao digitar qualquer coisa sinto que tem alguma coisa estranha no teclado, sobra espaço. Existe espaço demais para alguém que está aprendendo a viver sozinho!

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

A pessoa ao seu lado.

Tenho tido muito cuidado onde estou pisando agora. Tenho feito menos de conta e tenho feito mais. Agradeço por não ter ao meu lado alguém que desconheço e alguém que se quer se conhece. Ao meu lado agora, tenho pessoas que estão por tempo integrado ocupadas demais para fingir que passados negros não existiram.

Você julgou antes do ‘depois’ terminar.

Entre um livro sobre Valoração Econômica da Biodiversidade e Gráficos que tento entender sobre capitalismo, procuro antes de dormir pensar no antes e depois. Paridades de uma vida que em mudanças, volta e meia retorna a ser essa de silencio. Ás vezes eu completo o meu tempo mais por falta de espaço, do que por tempo livre. Volto pra casa e abro livros sobre assuntos que nunca pensei em ler, tomo café e ouço James Taylor para assumir uma personalidade que você não conheceu; conseqüência do seu ‘antes e depois’.

sábado, 11 de dezembro de 2010

Se você soubesse... Eu saberia!

Se soubesse, eu teria comprado ingredientes para o macarrão e um vinho barato; Desfeito as malas com mais cuidado, deixando os souvenirs por lá mesmo. Eu ando meio sem destinatário e hoje, recebi uma devolução por sedex. Mas ainda assim, interpretei bem uma notinha resumida em consoante. ps: Estou apenas perdendo as esperanças!

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Sou mais forte do que pode não parecer.

Não estranhe essa falta de imagem, as cores do arco-íris são imaginárias; Eu também posso ser! Sou mais forte do que parece, então posso fumar quantos cigarros eu quiser, dizem que são boas companhias, e eu não me vicio por boas companhias! Falando nisso, tenho poucas dependências, e por enquanto, me desfaço!

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Para quem teve medo!


Nem tudo está perdido; Eu ainda gosto da sua poesia!

O que fizemos em 2010?

O ano de 2010 foi realmente um ano cheio de Biodiversidades! Particularmente, um ano cheio de vida, cheio de cores e ações que me fizeram crescer; uma biodiversade de amadurecimento profissional! Em 2010, eu reguei as flores tropicais de um jardim que precisava sim de esperança, precisava de atitudes ecologicamente verdadeiras, eu reguei com uma biodiversidade de respeitos aos que precisam, aos que nasciam e aos que infelizmente não tinham mais pra onde ir. Eu aprendi a ouvir pessoas com seus gritos de manifestos, aprendi a ouvir os bichos com seus gritos de esperança e aprendi a ouvir as crianças, essas que serão donas das ações que tomarmos hoje! O ano de 2010 foi sem dúvida de muitas batalhas, muitas vitórias. Foi um ano de um verde que tende apenas a migrar, tente a dispersar! Vimos a biodiversidades em escolas, nas matas, nas ruas, vimos biodiversidade onde poucas vezes veríamos: No planalto Central; nas padarias; Vimos o Verde nos olhos dos brasileiros, nos brasileiros negros, mulatos, amararelos... Vimos a biodiversidades que somos! Foi um ano muito bonito e sei que o que fiz esse ano é muito pouco, é pequeno se comparado ao tamanho das florestas que vamos ver próximo ano!

Feliz ano novo e que muitas atitudes venham sem medo de batalhar, e que nossas cores sejam muitas nessa biodiversidade de esperanças que temos sempre que plantar!

domingo, 5 de dezembro de 2010

“É como cuidar de um jardim.”

Acho que preciso mais do que neologismos para renovar o que digo. Em outro universo, eu posso está te amando, mas é neste que me sinto bem com você. Se fosse uma questão de escolha, iríamos passear pelo começo, sem prever o fim. Eu não tenho medo de morrer, eu tenho medo da morte em plena vida!

A Teoria das Cordas não explicou nada para mim, mas no Wikipédia diz que ela possa vir a ser uma teoria de tudo!!!

sábado, 4 de dezembro de 2010

Não é para depois, eu simplesmente não quero agora, e nem depois!

"Eu estou vestido com as roupas e as armas de Jorge!" E é dessa defesa que me protejo de mim mesma, cansada de culpar os outros pelos atropelos. ...Voltei a fotografar o cheiro do café. De me ocupar com essas coisas que diz respeito a mim, em respeito a mim! Hoje eu sentei ao pé da raiz que um dia vai crescer e se tornará uma arvore forte e resistente; assim como um dia eu também serei. Espantosa essa paciência que agora me veste; como alguém que deixa de olhar para as horas, que esquece o gosto amargo. Como alguém que espera o momento certo para o foco, distraído o zoom.

Quando o Chico falar de mim!

Ainda não é isso que quero dizer! Você só vai entender isso quando sentar e ouvir o Chico falar sobre Beatriz, sobre Helenas... Quando o Chico falar de mim. Não perca o seu tempo decifrando o código, porque não há códigos! Isso é papo pra uma noite inteira de Bosco’s e Azevedo’s. E se por displicência eu falar sobre gentileza e infância, vou estar por teimosia, subliminando os tais códigos. Tenho saudade de casa, de ter sete anos; por isso aluguei uma casa e vou me mudar!

Samba & Rock n’ Roll.

Ainda não é isso que quero te dizer. Mudei! Ainda tenho aquelas pernas finas, o cabelo escorrido e ainda leio o Pessoa e o Caio. Mas sou mais o samba e você prefere Rock n’ Roll. E é justamente isso que evito falar, porque falar desgasta sofrimentos, e o Vinicius fala que sofrer é bom quando é por uma justa causa, ou pelo menos, por uma linda mulher, mal amada!

Independência ou Sorte!

Eu sei que é engraçado voltar a ler sobre isso, mas acredite, eu apenas comprei uns livros e me responsabilizei por esse silencio. Ontem eu tomei um vinho e sob qualquer ordem gramatical lembrei que é mais fácil esquecer-se de lembrar, quanto se lembrar de esquecer. É eu sei que é engraçado entender essas coisas que te falo e foi justamente por isso que escolhi você para essa noite. Porque quando não temos muito do que esquecer, então lembramos que esse silencio, foi eu quem proclamei!

É porque em um ano, você foi tudo aquilo que podia.

Bons amigos são aquelas canções esquecidas, você zela por elas e ainda assim, muitas vezes não dá ouvido. Chegamos a dezembro e em breve faço os 24, e já tenho mais de 29 amizades. Amigo é a Joni Mitchell cantando The Circle Game, enquanto você pensa que se em 24 anos você ainda não é aquela que um dia quer ser, é porque em um ano, você foi tudo aquilo que podia. Faz parte do Jogo. Mas não lance os dados por mim!

domingo, 28 de novembro de 2010

Maioridade para errar tudo de novo!

A princípio era só morar onde ainda me cabia, mas veio então essa necessidade de ir embora, não apenas para buscar a liberdade; mas à essa necessidade de pintar as paredes e me prender. De acomodar essa maturidade que relutei tanto para vir à tona. Chegou a hora da responsabilidade; com que aprendi, que eu seja madura suficiente para me permitir errar de novo. E com os erros que vivi e que paguei contas em analistas, que façam jus a sua loucura e se concentrem em parábolas de um samba bom!

O segredo de uma velhice agradável consiste apenas na assinatura de um honroso pacto com a solidão. (Gabriel García Marquez).


Vizinha do passado

Pois viver esperando é triste e não existe cor nisso. Eu já te falei sobre o tempo e o que eu acho dele, e mesmo com pressa, tínhamos tempo para sentarmos e tomarmos café. Enquanto você tentava me explicar sobre “imediatista”, aluguei uma casa e volto para um lugar distante daqui. Endereço? Rua dos Medos, de esquina com refugio, de frente com o passado.

"Estou me guardando pra quando o carnaval chegar"!

Ando me preocupando com coisas muito pequenas. Já tenho todas as cartas, e se não faço um Royal Straight Flush agora, é porque não sei blefar. É a primeira vez que respeito uma paciência, que respiro fundo, mesmo que pouco, mas que pego fôlego para mergulhar no asfalto. Se perguntarem por onde andei vou saber responder com maturidade; nos mesmos lugares, mas desta vez, sendo telespectador do meu próprio filme!

sábado, 27 de novembro de 2010

"Nada impede a vida à acontecer!"

Quando compro as passagens é que vejo como é longo o caminho. Que ele tem muitas variáveis, e dependendo de como suporto tudo, é que vai guiando-se ao outro. O melhor é o reencontro, porque toda partida vai sabendo o que ficou; subestimando o surpreendente! "Esse é o Reino da Alegria!

Se personalizando!


Vou correr este risco e ser feliz no escuro! Mas vamos seguindo o sambista que por hora, ele fala pouco - ouve muito; Que ele tem paciência, um segundo, espera; pronto! Mas dizem que demora pouco, que a proporção é exatamente um para sem; Milhões de ilusões. Ainda ontem recebi uma carta; Mudei! ...Mas ainda sou a mesma sem analogia de antes!

Mas eu vou correr esse Risco!


“A janela ta aberta, a casa é sua”! Psiuuuuu, façam silencio e respeitem toda essa euforia que me cala a boca, que exprime o grito! Esse sabor que me deixa na boca quer ler esse livro de poucos pronomes! Mas entre; sinta-se em casa e dance essa música do Mombojó comigo... Mexa-se, que “permaneço aqui estático!”.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

“Batidas na porta da frente... é o tempo”.

Com mais calma sentar e "cantar" conversa fora, e "ouvir" as entrelinhas! É disso que eu sou, de distorcer a imaginação ingênua. Aproveitar esse segundo de atenção que me é dada jogando fora as migalhas do tempo.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Se conselho não fosse bom, você não comprava!


Eu com os meus tantos conselhos vou seguindo a sorte, dando ouvidos aos meus seis, sete e outros sentidos! Faço deles um esquema muito simples, complicando as ordens e desobedecendo ao certo. Faz dois dias que abraço muito gente, são as mesmas perguntas sem muitas novidades e logo descobrem que mais uma vez estou só. Acho que agora devo receber isso como todos os outros abraços, eu acolho e fico sem teto! Dizem até que ser esse de independente abusivo está na moda. Démodé esse meu visual. Próximo mês faço as mochilas e ando. Vou andar com meus conselhos, vendendo os em liquidações, aprendendo a lição quando puder!

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Outros poetas


Acho que estou na idade de descobrir muito sobre mim. De admitir acasos do Pessoa, abusar da Clarice... De não desmerecer os versos desses, mas em descobrir a poesia como quem descobriu a America; alguém que esteja cansada das duvidas, alguém que precisa de resposta... Exatamente como elas devem ser! Acho que ainda penso como uma analfabeta, mas ando lendo por aí como gente letrada, calada para o que vive. Infiel para quem ama!

Amarga


No fundo, adoro essas noites de esquecimento. Releio como uma boba os textos, pego um trecho do Albert e encontro uma intimidade tão profunda que ao fim, chegamos até a brindar juntos! Provando a gosto, percebi que o amargo fascina. Tem gosto de filme em preto e branco. Dever ser meu sabor, devo ter essa pitada de meio amargo, de fato austero, de poeta incompreendido.

Rota - Contrária -

Eu Passei o dia planejando rotas em BR’s 230 e PB’s que nunca verei paisagens. Mas é que a minha boemia em esboçar os acontecimentos que são de fatos desenhos, distrai a realidade... Falando em distração, fui à esquina comprar um vinho seco e percebi que durante todo o dia, apenas à noite, sozinha em casa me garante que livros, vinho e o blues da Stacey Kent me fazem melhor companhia. Dedico então este brinde a essa noite escura sem estrelas, a essa saudade de quem foi embora e ao pretensioso vazio do silencio...

"Mas todo carnaval tem seu FIM!"


Eu tenho pra mim que meu carnaval começa em meras quartas-feiras de cinza. E brindo comigo mesma o abandono que nos permite encontrarmos com essa figura estranha chamada solidão. Eu sou sem dúvida a mais mimada de todas as flores do jardim e ainda espeto um dedo ou outro no próprio espinho. Curioso, Egocentrismo é uma palavra não encontrada no dicionário do Word, logo em um mundo onde a literatura é tão descriminada e que nada tem haver com amor. Literatura, egocentrismo e amor... Sem duvida, meu carnaval já passou!

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Eu, enraizando neste registro fóssil de poesia.


Naturalmente, eu floresço sobre os asfaltos. É que minhas raízes sugam bem mais do que simples moléculas. Vivo na constante tensão e coesão dos sentidos. Espinho bruto que cruza esquinas, paga contas... Consulta classificados! É fácil regar-me, gosto de luz e água fresca, mas cresço decrescentemente nas páginas dos livros e com uma dose de algum destilado. Naturalmente, eu cheiro a perigo e broto em penhascos!

Geração Restart


Alguns discordaram, mas precisamos sim desse recomeço. Foi a primeira vez que terminei algo para recomeçar. Minha teimosia Classicista de perpetuar as honras seja pelo bom texto escrito, ou seja, pelo café derramado no tapete, recusa-se a essa geração de recomeço, de game-over, de restart. Abdica dessas cores coagidas. Mas essa foi a primeira vez que terminei algo para reconhecer, para descobrir, para começar tudo de novo. Eu concluí alguns sonhos sem o final esperado, colhi sem frutos... Resetei o computador agorinha, pois não me respondia. Mas minha teimosia, modernamente reiniciada, restaurou minhas clássicas cores.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

domingo, 7 de novembro de 2010

O Sol e o Vento falam apenas de Solidão.*


Vou fazer as malas e morar perto das teorias. Visitar os portos das cidades, navegar sobre o mesmo sentimento que li em Núpcias do Albert. É disso que sinto falta; as bagagens do amor. Tipasa, Djemila, Argel... E o Deserto! Ainda escrevo para você algum trecho sobre esse deserto do Camus. Fiz um leite quente e deitei no sofá pra ler meu trecho favorito. É como um momento de oração. Eu leio, fecho os olhos e me pergunto se vale apena esquecer o caminho. Eu sei que careceria bem mais venturosa... Mas o medo está bem maior. Sou isso tudo que você não consegue mais ver, entretanto faço das tuas palavras as minha: Um dia eu consigo!


*Trecho de Albert Camus em Núpcias.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Ilha e Continente


Calúnias falo sobre o mar, mas não deixa de ser o sermão que me obedeço a sentir quando penso em regrar as minhas vontades. Não sou tão intima assim das ondas, elas quebram antes de me deixar mergulhar. Acho que só agora, diante deste jornal que você me trouxe de uma semana atrás é que tenho liberdade pra te confessar isso; eu prefiro a bossa-nova! Equilibro-me entre um livro à sobra do coqueiro e sobre apartamentos centrais com um café e o noot book aberto. O sentimento é diferente, é ser metade, é estar em dois lugares ao mesmo tempo e impossivelmente descompor o sentimento, entende? Insegura em ilha, nostálgica em continente! Era mais fácil antigamente.

Novas noticias velhas


Há muitas noites em que deito na cama, e antes de dormir leio as noticias do dia que passou. Corrigindo; é que não percebo mais o tempo já faz algumas Eras. Então tenho sempre a impressão de que -já- foi aquilo, e o que vive ser, agora, não espera o futuro tão ansioso assim. Será que ando lendo em algum livro sobre a minha menopausa, e não reconheço as idades? Voltei a escrever amiúde porque li em algum caderno que a previsão para o tempo indica que amanhã não vou ter tempo para isso.

Veias Vias


Esqueceram meu jardim só porque tenho plantado minhas cidades. E nelas muitos arranha-céus, limites... Elevadores de pensamentos que artificialmente fingem pensar alto, cotidianamente olham para baixo, mas corre, vagarosamente corre. Em que andar ficou os meus pés (?), porque sei dos lugares que já passei, e, não reconheço esses passos.

Provérbios


Antes de dormir, eu penso muito. Tenho a impressão que conduzo o filme antes do REC, antes de sonhar. Acompanhado uma receita da Dona Benta minuciosamente. Tentei explicar outro dia como era confortável eu colocar a manteiga na frigideira e ele quebrar os ovos. Ele não entendeu. Ele nunca entende muito bem minhas prosas e meus provérbios, desonra minhas piadas e é justamente nisso que me sinto confortável. Eu já não penso muito antes de dormir, escrevo pouco pois muito falo para ele, e felizmente, a gente continua de mão dada; eu sem entender os seus pros, e ele, os meus verbos!

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Quando a felicidade se apaixona pelas cores.


Sinta-se em casa. Mas não tranque nunca o portão! Desafiando o destino, cuidei de deixar tudo branco, legitimamente Claro; ele, audacioso tempo, se encarregou de trazer as cores. Não cruzei os braços, mas prendi meu cabelo e coloquei o café no fogo. Adocei amargamente a branquidão dos sentimentos e surpreendentemente, me apaixonei! Armou o cavalete e dispôs as cores; tons pastel a óleo e atrevidamente, o guache; fez-me arte, sua obra prima. Chamou-me de felicidade!

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Uma folha que cai em minha cultura é Sorte... Viva a minha primavera!


Acho que é só uma questão de achar o ritmo. Reabilitando a linha de normalidade; ontem, eu desfiz as malas quando reparei que estava em casa. Conformismo com o tempo. Sentei no sofá e abri um livro. Não preciso pensar agora, então, abdico do café! Quem sabe talvez eu precise de uma xícara para observar essas cores no céu ao entardecer, ou admitir que esteja absolutamente apaixonada pelo sorriso que descobri em mim... Isso é o resultado da primavera! Disseram-me uma vez que as estações mais bem definidas aqui nos trópicos não são o verão e inverno, são os detalhes da primavera, o vento do outono! Entender sobre equinócios e solstícios é preciso mais que calendários, é preciso poesia!

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

E haja composição


Numa conjunção quase que novela mexicana, Carlos Eduardo que desde então quebrou o coração de Eloisa Maria ao se apaixonar Antonia Gabriela, pareceu-se descomposto quando falou; “Volta Maria, antes mesmo da manhã Clara!” Não no sentido poético da palavra, admirem-se (!), mas fatalmente, me composto! A realidade deste fato veio ao me trazer de volta, não apenas meu primeiro nome como se gênero, mas por espécie; inteiro! Volta, mas não mais a Maria, nem tão pouco a Clara! Volta a Maria Clara!

Graça é em partes, ser parte; mas no geral, ser sempre inteiro e composto!


Dedicado a Mary Ellen, Alice Maria, Maria de Lurdes, Rafael Tiago, Carlos Roberto, Rômulo Diego, Ivan Lívio e a todos os compostos seres, sendo ½ , por inteiros!

Sete Vidas e um jardim.


Desde que fui essa que não sou, foi quando me permiti ter sete vidas. Se eu fosse tão estupidamente vencida por elas, neste verão eu plantaria crisântemos. Mas estou aqui para contar “Vida por vida”, que vale mais viver morrendo do que simplesmente, colher. E nessa mudança de hábitos, escrevi a punho o que não fui capaz de ler e o que poucos vão interpretar. (...) Não importa! O que me importa é este vão tempo, esta velha poesia, e eu, autor desconhecido.