quarta-feira, 31 de março de 2010

Sinônimo: RAIVA!


Serenissima é a melhor musica de se ouvir quando se está com muita RAIVA"
Trecho de Serenissima, Legião Urbana:

"Sou um animal sentimental
Me apego facilmente ao que desperta meu desejo
Tente me obrigar a fazer o que não quero
E você vai logo ver o que acontece.
Acho que entendo o que você quis me dizer
Mas existem outras coisas."

Depois de grandes decepções, minha psicóloga disse que era a IRA que eu devia demonstrar!


terça-feira, 30 de março de 2010

O café da xícara esfriou.


Eu não sou uma pessoa ruim. O problema é que agora eu preciso pensar mais, ou pensar menos. Eu vou voltar pra casa e sabendo que ainda que vazia, eu irei completa. Vou fazer um café, vou subir pra laje e vou ver as nuvens passar lentamente. Quero uma tarde silenciosa e uma tarde vazia. De hoje em diante, eu farei as coisas por mim, vou escrever sobre esse tempo relativo que voa, vou domar o tempo inclusive. Eu vou ficar aqui sentada até o meu próximo segundo chegar e quando chegar, novamente vou deixá-lo ir.


Eu descobri que quando a gente faz um café é preciso tomá-lo o mais rápido possível. Se a gente parar pra pensar, ele esfria!

segunda-feira, 29 de março de 2010

Por pouco...


Foi um mal entendido! Não digo que foi um contratempo e nem um imprevisto, com todas as palavras foi um mal entendido. Ficou falha a comunicação quando falei que sentia com inteligência e pensava com emoção! Você não entendeu que sou paciente. Foi um mal entendido quando eu te chamava pra dormir ao meu lado e você acabou achando que era só pra me aquecer do frio. Foi um mal entendido quando você me olhava e eu ficava encabulada, você prendia alguma coisa em mim... Mas não passava de um mal entendido! Foi um mal entendido de ambas as partes, eu não entendi a parte do “nós não vamos passar disso!” e você não entendeu a parte que eu disse que gostava de você.


Eu já fui aquela que nunca veio, eu já cansei de ser aquela do não se pode falar o nome, mas eu não sei interpretar esse papel que você quer!

Um beijo na testa


Agora sei, a gente nunca foi um. Você nunca beijou minha testa e eu nunca fui sua! A gente nunca fez um samba, e eu sempre perdia o tom. Você sempre ouvia a melodia, mas nunca fez questão de aprender a letra. Eu nunca fiz o que dizia, e você sempre fala o que não pode fazer. Fomos contra mão de nossas próprias vontades! Você nunca foi meu e eu sempre joguei as chaves pra você entrar...


"Por Deus nunca me vi tão só..."

Uma atriz e seu papel!


Eu já não sei se quero ser sua. Eu já não sei se quero participar disso. Deixe-me do lado de fora! Deixe-me em algum lugar que você possa esquecer sem se incomodar. Eu já sei qual o meu papel. Eu já não lembro o que deveria falar nesse momento para você. Eu já não sei se quero ser tua. Já não sei se quero ser de alguém. Já nem sei mais se sou a terceira. Eu já não sei se é bom ser a primeira! Eu já não sei se quero ser sua, se quero esse papel e se eu vou interpretar bem! Eu já não sei se quando você for embora, eu vá ficar bem. Eu já sei se é normal ter tanta raiva de algo que já sabíamos que aconteceria. Eu já não sei se quero ser tua. Eu já não sei quem é você e já não sei se você sabe o que quer. Eu já nãos sei se quero ser tua. Eu não quero ser a outra!


O eu você me pede eu não posso fazer, assim você me pede e eu perco você. Como um barco perde um rumo, como uma árvore no outono perde a cor. O que você não pode eu não vou te pedir, o que você não quer eu não quero insistir. Diga a verdade, doa a quem doer... Na verdade nada é uma palavra esperando tradução!!!

sábado, 27 de março de 2010

Somos tão jovens...


Imagine nesse momento a introdução de Antes Das Seis. Para tudo na vida, eu preciso primeiramente de melodia. Depois disso o que vier, azar! A melodia me protege principalmente do silencio. Aos seis anos eu conheci alguma coisa parecida com “Legião”. Aos oito eu descobri que Chico Buarque tinha sido expulso do país, que cazuza era gay e que Renato Russo falava sobre sexo, drogas e amor, contextos relativamente precoces para minha idade. Aos dez, eu ouvi uma frase mais ou menos assim; “Gritaram, cresça e apareça!” Quando completei 13 anos, eu usava uma blusa do John Lennon, cantava Metal Contra As Nuvens e meu primeiro Nick era A Trovadora Solitária. Livro de cabeceira? Renato Russo de A a Z! Aos 15, fui sereníssima, Monica, e Andrea Dore! ... Fiz vinte anos, já havia entrado numa Universidade Federal, já morava só e ouvia Belchior e Renato Russo enquanto tomava um vinho em casa. Aos vinte e dois anos eu perdi vinte e noves amigos e vinte nove anjos me saudaram... Aos vinte e dois anos comecei esse blog com um assunto muito presumível pra quem me conhece, sobre Renato Russo! Eu fiz vinte e três anos e ele cinqüenta... somos tão jovens...

sexta-feira, 26 de março de 2010

26. 03. 2010


Amigo, hoje faz uma tarde bonita pra eu te contar como vai minha vida. Choveu e o céu limpar a semana. Olho pra o alto do Vale e as nuvens brancas se perdem entre as cinzas. Entre a plantação de coqueiros e as outras arvores, é bonito de se ver o ipê amarelo bem no alto do Vale! Passei o dia na biblioteca e percebo que enquanto muitos precisam ir à igrejas e SPA’s, as bibliotecas me acalmam. Foi uma tarde perfeita para se perder as horas lá dentro, li algo sobre legislação ambiental, sobre a discografia de Toquinho e acessei o meu blog. Em cada página virada a chuvinha rala caía e eu ia descobrindo que entre todo o caos, eu ainda sei viver com paz! Voltei pra casa assim que o céu estiou, queria voltar para casa com os passos lentos, mas correria o risco de perder o pôr de Sol na laje. Minha casa é a três quadras da universidade e é engraçado como as coisas ganham grandes proporções em dias de chuvas. A casa permanecia exatamente como eu me sentia... Calma, limpa e vazia! Recebi a primeira conta da luz e enquanto tomava meu café na laje e abria a correspondia, percebi que minha rua tem nome de poeta, Rua Castro Alves, Rio Tinto, Paraíba, Apt: 02!


A chuva já não me deixa triste, me lava o pensamento, me abre o coração!

quinta-feira, 25 de março de 2010

Para o autor


Entre tantas personagens, fui a tua descrição muitas vezes. Eu fui um conto de solidão quando só, escrevias! Uma rima sem poema quando quebrou as regras. Eu estava nas paginas brancas que ainda viria a escrever e em um rascunho de palavras esquecidas. Amou-me com punho e resignou-me como uma ultima pagina de um livro. Eu fui alguma personagem sua, e usou-me em lugar de virgulas, em lugar de reticências. Você me descreveu no reprimido romantismo literário... Quis e não foi capaz, me teve e perdeu!

Eu e esse estranho costume de escrever.


Costumes são psicoses que ou apaziguam, ou alimentam os delírios. Chego a casa depois de um dia em que a pressão andou tão constante em mim, que ainda na inércia, colido comigo mesma frente ao espelho. A vontade nesses momentos é de livrar-me de qualquer sobrecarga que pesa meu pensamento e afundar na banheira. A água quente, involuntariamente me domina. Dominam meu corpo, tomam minhas forças... Asseiam meu espírito. Preparo meu café e redescobrindo o pôr do sol, alimento minhas idéias! Costumes são psicoses que ou apaziguam, ou alimentam os delírios. E eu me absorvo desse estranho costume de escrever sobre a paz e a pressão!

domingo, 21 de março de 2010

O Termo Essencial da Oração


Como eu posso me apaixonar pelas suas palavras? Eu te amo superficialmente, gramaticalmente e singularmente? Eu amo em você o quê leio e o que me tocas, ou o que na ausência abstém? Eu entendo tuas palavras quando inverto os sentidos ou quando interpreto o silêncio? O que amo em você, o que me prende sem laços, o que deixo de ser quando não o amo? Eu ainda sou tuas palavras favoritas, ou entre tantas frases, me abrevias? Em que tempo eu estaria dentro de seus verbos. Qual a preposição que nos separa tão ilicitamente? Por qual motivo não posso inventas as palavras, se eu concordo o nosso próprio tempo?

Eu sei que ele existe, ele só não está em mim!


Eu já não sei amar ninguém. E não sei se isso me permite ser feliz ou não. Sobre aquela conversa que tivemos um dia, eu descobri: Eu não sei mais amar. Eu amei um passado, eu amei um impossível, eu amei alguma coisa que mesmo influído, amou-me. Eu sei quantas vezes eu vulgarizei meus sentimentos, por quantas noites eu me dei, recusando mais que crendo. Eu já não consigo amar alguém que apenas tenha um olhar para me oferecer. Eu já não sei como voltarei a amar de novo. Eu não deixei de acreditar no amor, eu simplesmente não acredito mais no amor em mim. Não mais, depois de você.


...É como se eu não permitisse que mais ninguém me amasse.

sexta-feira, 19 de março de 2010

Como se refaz um filme, não sendo a mesma historia...


Só revendo um filme a gente começa a entender coisas que não fomos capazes de ressaltar da primeira vez. Os atores mudam, temos a leve impressão de alguma coisa ter mudado no cenário, dilatamos pressentimentos com as cenas mais emocionantes. Ontem eu vi a um filme que já havia assistido. Quem sabe, eu fui até personagem principal, ou levando em conta o contexto, eu fui e serei sempre a coadjuvante! Eu não fui a diretora, mas fui muito mais do que a roteirista. Não importasse a representação, eu sabia o script como se houvesse escrito. Eu sabia como o mocinho chamaria a atenção da menina, eu sabia das falas e até onde estaria a chave para desvendar a charada do ato. Não sei, porém, se fui boa atriz, pois não sei encenar, e se fui uma roteirista fiel inclusive... Mas fui uma boa telespectadora, disso, eu entendo bem!


“É sempre a mesma historia tão difícil de partir, é sempre a mesma história difícil de ficar, é sempre mais difícil dizer adeus quando não há nada mais pra se dizer.”


O silêncio da paz.


Eu tenho um telefone que nunca toca, que nem as cobranças ligam-me, e que o esqueço de vez em quando por aí. Não tenho mais um namorado pra chamá-lo de meu benzinho, de esperá-lo na porta de casa e nem para abusar-me. Eu passo o dia nas bibliotecas até chegar a noite, e quando chega a noite eu volto para casa só. Tranco o portão acendo um incenso e vou pra bem perto do céu. Esse é um instante meu, tão meu quanto tantas outras coisas que acredito ter conquistado. Absolutamente, nada! Definitivamente, efêmero! Redondamente, breve!


Muito embora eu esteja com saudade de um beijo, minha vida é melhor assim! Esperando por um momento de viver novamente o amor que restou em mim. ... Pra não ser enganado, trago o peito fechado... Quero apenas viver em paz!

“Ela desatinou...”



Ando tão de lado, que esqueci as minhas chaves na porta, que quebrei os meus óculos e agora tudo me parece mais nítido e ilusoriamente mais crédulo. Ando tão livre de materiais que por vezes esqueço-me, e são as esquinas que me carregam, são as ruas quem me acompanham até em casa, é a tranca da porta que apaga a luz enquanto eu adormeço. Esqueci de pagar as contas, eu queimei o torta de queijo, mas eu não fiquei no tempo... Eu fui um segundo para ser menos só. As frestas da porta e a fumaça do incenso apenas lembram-me que ando tão de lado, esquecendo de mim mesma na esquina que cruzei, ou em uma palavra que escrevi.


“E ela ainda está sambando...”

sábado, 13 de março de 2010

Meu Apê Novo!


Quem sabe agora eu aprenda a fazer um bom café e meu feijão não queime. Essa semana tem sido bem agitada pra mim. Costumavam compara minha vida com um vendaval, e agora cotidianamente falando, “vou deixar passar a ventania”. Aluguei um apartamento com um cômodo, sala e cozinha, e é estranha a sensação de viver em um castelo sem muralhas e sem soldados de chumbos. Mais uma vez me senti com dezoito anos. Baixei na internet algumas receitas e o efeito de você escrever seu primeiro livro sobre culinária é tão realizador quanto assinar o contrato do aluguel. Em um novo castelo, sozinha e com meus livros. Talvez eu realmente tenha completado 18 anos, ou alcançado a melhor idade. Agora, vou esquentar a água do chá e organizar os meus fichamentos!

sexta-feira, 12 de março de 2010

Os outros e você.


Texto de Danilo Reis,
http://danilorreis.blogspot.com/2010/03/os-outros-e-voce.html

Os outros caras já perceberam sua beleza. Mas pra eles, sua beleza é corpo. Os outros caras já perceberam seu distanciamento e suas respostas atravessadas. Isso os assusta. Se algum dia eles tiverem sua atenção, não saberão o que fazer com ela. Não saberão o que fazer com você, caso os queira por um instante. Eu saberia muito menos, eu assisto apenas. Gosto mais de mim quando não estou apaixonado. O mundo parece bem maior. E as possibilidades são mais que plural. Hoje, viver é a arte de não me entregar, principalmente a uma mulher como você. Os outros caras querem qualquer coisa sua, talvez o vazio os tormente. Já perceberam sua beleza. Eu assisto apenas. Sei da minha própria beleza e prezo meu próprio vazio.

“...Tenho a madrugada como companheira.”


Nem é triste esta madrugada. Ele disse apenas que não iria adiante e eu já estava preparada pra isso. Coração blindado enquanto meu corpo segue a diante. Nem é tão triste pensar assim. Não foi a estrela que Clareou a noite. Não sei inclusive se ela tem luz própria, o sol fica distante demais enquanto sonho. Não é tão triste caminhar no escuro. Não trocaria o neon por incidências de certezas. Não deixaria esse fresco momento da madrugada passar enquanto eu escrevo tão perto do céu. Vou ficar mais um tempo sentada aqui, enquanto Takai canta Insensatez e My Foolish Heart. Não é tão triste escrever sobre a solidão.

Não se assuste, é só a sombra que parece ser maior do que é!

terça-feira, 2 de março de 2010

Com Carinho, saudades, Sua Pequena!


Sabe aquele texto que escrevi sobre despedida? Sempre tive medo de escrever sobre aquilo. De como simplificar o final tão harmoniosamente. Aquela estranha e leve sensação do Fim que só consegui na ficção me deixa totalmente insegura de como devo proceder sobre a realidade. Acho que acabou. Você não perdeu nada que um dia não possa conquistar novamente. Entre esses fins que normalmente começam com “eu não sei o que aconteceu”, vou escrevendo como se a literatura fosse mais uma vez perigosa demais para quem tem imaginação. Mas dessa, não é literatura, não é ficção e a não é minha imaginação, infelizmente. Acho que acabou, e é duro dizer isso. Desculpa-me por ser assim. Com Carinho, saudades, Sua Pequena!

segunda-feira, 1 de março de 2010

Essas coisas que aparecem assim e a gente não sabe como explicar!


Hoje eu não quero experimentar coisas que já sei o gosto. O meu picolé de menta, um novo episódio de Big Bang, e as musicas que já decorei os acordes, pra mim hoje, chega de velhas novidades. Quero ficar na minha cama, olhar o teto, calcular quantos graus o quadro está torto, transformar o meu passa tempo no um tempo parado. Quero parar o tempo e quero deixar os instantes correrem, que corram pra bem longe de mim. Hoje eu não quero atravessar a porta e nem atender telefones. Vou esquecer que fiz escolhas, que acertei... E que errei. Eu não quero ser incomodada nem pelos meus cômodos, nem pelos meus desejos e nem mesmo pelos medos e alegrias. Deixe-me apenas deitada aqui na cama, (...) !