sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Quando se acaba, o que resta é o começo!


Das poucas línguas, eu entendo O Silencio. Entendo o fim da tarde, o fim do livro... Eu custei muito a entender dessas coisas que restam, porque quanto mais eu subtraía, mais sobrava! Aprendi a deixar as coisas em seus lugares. Uma especialidade Clara – Ter o poder de entrar e sair sem muito barulho. Mas foi como disse, eu demorei muito para entender isso.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Mais uma do Sonora...


É complicado assim, somar em desespero, dois e dois? A atitude mais correta é pedir mais uma cerveja, pedir mais um Buarque, mais um soneto, mais uma do Sonora... Pedir outra ficha que preencha o fim da noite em plena avenida histórica! Quanto custa mesmo, um amor? Na próxima prestação, cobra os juros do coração, o imposto pelo pensamento debilitado, debitado - correções monetárias! Samba tem dessas coisas; limpa a alma; esvazia o bolso; colore a aura - Clara canção!

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

1... 2... 3....


O importante é não perder a cabeça! No auge do deus-nos-acuda, tudo vale! Deixa o leite derramar, o cachorro latir, o telefone cortar... Mas enfim, respira certo! Atrasa a publicação, xinga a mãe do síndico, perde a audiência, a novela, a fofoca da vizinha, mas respira fundo e respira certo! Porque se faltar o feijão, a gente planta um jerimum; se o computador quebrar, a gente escreve a punho! Mas respira certo, respira fundo... Porque se faltar o ar, a vida não tem poesia!

Varal abarrotado de poesias limpas


Eu lido muito bem com o meu tempo, principalmente quando acordo depois do meio dia. Quando abro as janelas e vejo o varal abarrotado de poesias limpas. Quando mudo a roseira de lugar apenas para satisfazer um capricho Jobim. Dou meu jeitinho no fim do dia; bebo Vinicius, visito o banco num passeio rápido, quase sem cerimônias. –É assim que no fim do mês pago minhas contas, com a boa vontade do destino e um bom sorriso no rosto!